Retomada do crescimento do setor primário de Parintins é debatida para agenda de prioridades à Sepror

por clely — publicado 15/02/2019 23h38, última modificação 15/02/2019 23h38
Colaboradores: Foto e Texto: Gerlean Brasil
O interesse em debater propostas a serem apresentadas ao titular da Sepror, Petrúcio Júnior, partiu da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Parintins

Construção coletiva de políticas públicas para prioridades de investimentos da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) na agricultura, na pesca e na pecuária de Parintins. Esse é o eixo de discussão de representantes de órgãos do setor primário iniciada no auditório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), núcleo Parintins, para definição de uma agenda positiva do município, iniciada nesta sexta-feira, (15), com conclusão na segunda-feira, (18).

O interesse em debater propostas a serem apresentadas ao titular da Sepror, Petrúcio Júnior, partiu da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Parintins. A construção da agenda tem a contribuição de representantes da Embrapa, da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sempa), do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS), Associação de Desenvolvimento da Comunidade Santo Antônio do Murituba (Asdecosam) e da Associação Cidadania Social e Sustentabilidade (Acssus). 

O presidente da Câmara de Parintins, Telo Pinto, aponta que esse é o princípio do reaquecimento do setor primário para fortalecer a economia do município. “Estamos preocupados com esse setor tão importante para Parintins, que precisa produzir, pelo menos, para o consumo interno, tendo em vista a grande quantidade de produtos agrícolas vindos do Pará. Nossa ideia é montar um diagnóstico para buscarmos fomento no governo municipal, estadual e federal. Isso é geração de emprego e renda, de dividendos. Precisamos ter essa retomada para alavancar esse setor”, explica.

O presidente da Asdecosam, Pedro Pereiria, reconhece a legitimidade da preocupação dos representantes e indica a necessidade de apoio aos produtores. “Hoje, muitos produtos vêm do Pará como as hortaliças. Temos condições de produzir aqui e, podemos, por exemplo, entregar para a merenda escolar ou à Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O que falta é o apoio no campo, mas vejo que estão preocupados. Necessitamos de assistência técnica, transporte e condições da estrada para chegar até o porto da Vila Amazônia, com produtos de qualidade. Se isso acontecer, vamos multiplicar a produção a partir desse ano”, enfatiza.

No entendimento do presidente da Comissão de Setor Primário, Abastecimento e Políticas Rurais da Câmara Municipal de Parintins, Tião Teixeira, o produtor rural carece de apoio para promover a economia no campo. “Trabalhamos há dois anos, com requerimentos e indicações na tribuna da Casa Legislativa, no sentido de buscar apoio aos produtores. Hoje, tivemos uma discussão para fazer o setor primário acontecer de fato, na prática, a partir desse ano. Vamos levar uma agenda positiva para buscar o apoio do Estado ao nosso produtor, que anseia por isso, diante de tantas dificuldades enfrentadas”, afirma.

Conforme o coordenador da Embrapa e presidente do CMDRS, Jeferson Macedo, a agenda, de iniciativa dos vereadores representantes do setor primário, mostra o papel fundamental do Poder Legislativo de Parintins em sensibilizar o poder público municipal. “Naturalmente, esses dois poderes juntos, agem para apresentar reivindicações ao Governo do Estado e ao novo secretário de produção rural para tentar trazer benefícios de interesse de Parintins. Vejo que Parintins tem um novo olhar a partir de 2019, se tudo andar e der certo, como temos discutido. As 28 entidades do CMDRS auxiliam nas políticas públicas para apoiar Parintins na elaboração de propostas voltadas ao setor primário e no acompanhamento de eventuais projetos”, pontua.

O vice-presidente da Câmara de Parintins, Marcos da Luz, avalia que, depois do enceramento do ciclo da juta, para a população, o turismo substituiu o setor primário, e essa ideia enfraqueceu as políticas para a agricultura. “A Câmara trabalha para o setor primário ser apropriado e inserido na agenda do governo como prioridade de investimentos. Vivemos um momento de mudanças no País e Governo do Estado tem, praticamente, quadruplicado o orçamento para o setor. Esse debate faz levantamento para a construção de políticas públicas e tira os indicativos prioritários a serem levados ao governo. A Sepror deve observar o que pretende o município, quais as prioridades dos nossos produtores, e o fortalecimento das cadeias, de modo, a concentrar em Parintins a circulação desse recurso”, finaliza.